Teoria da
Aprendizagem Significativa de Ausubel
1
– Apresente os conceitos básicos do conteúdo a ser trabalhado como se fosse um
plano de aula e organize esses conceitos de forma hierárquica.
Disciplina: História Série:
5º ano
FORMAÇÃO DA SOCIEDADE
BRASILEIRA
Conceito
geral:
·
Diversidade étnica brasileira.
Conceitos
específicos:
·
Indígenas;
·
Brancos europeus;
·
Afrodescendentes;
·
Demais imigrantes.
Síntese
do conteúdo:
O Brasil é constituído por uma diversidade
étnica. Na formação da nossa sociedade encontram-se diversos grupos étnicos: indígenas,
brancos (portugueses), negros e os demais imigrantes que compõem a multicultura
nacional.
Em 1500 os portugueses chegaram ao
nosso país, iniciando uma história de dominação, pois inicialmente era habitado
apenas por indígenas. Inúmeros conflitos marcaram a relação entre eles por
muito tempo e em alguns momentos vários desses povos foram escravizados,
perderam territórios e hoje grande parte lutam por territórios que se dão por
reservas definidas pelo governo.
Os
negros africanos foram trazidos como escravos para o Brasil onde realizavam
todo o tipo de trabalho. No início foram utilizados na lavoura canavieira e na
produção de açúcar, posteriormente trabalharam na mineração, além de executarem
todo serviço doméstico imposto por seus senhores.
Somando-se a esses três grupos, vieram
imigrantes para o Brasil, como os japoneses, italianos, chineses,
principalmente em busca de trabalho. Todos esses grupos entre outros, trouxeram
a nós costumes e tradições, presentes em nossa vida. Devemos respeitar a
diversidade étnica de nosso país, somos todos iguais, integrantes da espécie
humana.
2
– Descreva qual(is) o(s) subsunçores relevantes à aprendizagem do conteúdo a
ser ensinado que o aluno deveria ter disponível na sua estrutura cognitiva.
Para
a aprendizagem do conceito geral “diversidade étnica brasileira”, é fundamental
que o discente tenha em sua estrutura cognitiva conceitos que de certo modo podem
se relacionar ao conteúdo a ser trabalhado (“Formação da Sociedade Brasileira”),
tais como: homem branco, aldeia, armas, sofrimento, exploração, batalhas,
cultura, terra, trabalho, índios escravos, guerreiros, escravos negros,
mão-de-obra, mudança de pessoas, campo, descendentes, família, japoneses,
italianos, lavoura de café, espanhóis, trem, navio, respeito, entre outros.
Faz-se
importante, que primeiramente o professor ouça seus alunos e que leve em
consideração o que eles trazem de conhecimento prévio acerca dos grupos
étnicos. Assim, esses conceitos podem ser utilizados pelo professor no momento
em que tratar dos conceitos específicos (“indígenas”, “brancos europeus”,
“afrodescendentes” e “demais imigrantes”), possivelmente servindo de subsunçores
aos alunos, permitindo que façam as relações, por assim dizer, a ancoragem em
conceitos já existentes em sua estrutura cognitiva; integrando conceitos novos
aos subsunçores que já possuem, modificando-os. E então, ao abarcar as
diferenças existentes, o professor “elabora” com os alunos que estas
compõem/formam a sociedade brasileira, demonstrando assim o conceito mais amplo
que pretende trabalhar, a “diversidade étnica” existentes no Brasil.
3
– Descrever sobre os recursos e princípios que possam facilitar a passagem da
estrutura conceitual da matéria de ensino para a estrutura cognitiva do aluno
de maneira significativa.
Primeiramente,
se faz necessário que o aluno se sinta motivado para aprender. Em seguida, é
preciso que o conceito a ser trabalhado faça sentido para o aluno, o que
implica conhecer e levar em consideração a realidade deste, proporcionando
assim “elementos” que possam auxiliá-lo a “fixar” o conteúdo em seu esquema
cognitivo.
Quanto
aos recursos, podem ser utilizados diferentes instrumentos, tais como: diálogos
em sala de aula, leitura de imagens, vídeos, entrevistas, produção de texto e
também pedir que o aluno elabore um mapa conceitual, demonstrando assim sua
compreensão acerca do assunto trabalhado.
4
– Apresente um diagrama a partir desses conceitos e explicite qual(is) o(s)
tipos de aprendizagem (subordinada, superordenada e/ou combinatória) poderá
ocorrer e descreva sobre os processos de diferenciação progressiva e
reconciliação integradora.
Parte-se da aprendizagem superordenada a qual
pressupõe que os conceitos mais específicos sejam trabalhados primeiro, e em
seguida, as estes se ligue o conceito mais geral. No caso, primeiramente
opta-se por explorar os conceitos mais específicos, tais como os contidos no
primeiro exercício: indígenas, brancos europeus, afrodescendentes e demais
imigrantes, e em seguida demonstrar que estes compõem o que denominamos de
diversidade étnica brasileira, constituindo a sociedade brasileira. Neste
sentido, de acordo com Moreira (1999, p. 160), tem-se que:
[...]
na aprendizagem superordenada (ou na combinatória), ideias estabelecidas na
estrutura cognitiva podem, no curso de novas aprendizagens, ser reconhecidas
como relacionadas. Assim, novas informações são adquiridas e elementos
existentes na estrutura cognitiva podem reorganizar-se e adquirir novos
significados. Esta recombinação de elementos previamente existentes na
estrutura cognitiva é referida por Ausubel como reconciliação integrativa.”
Em
contrapartida, caso se optasse pela aprendizagem do tipo subordinada para o
conteúdo “Formação da Sociedade Brasileira”, na qual ao conceito geral (ex:
“diversidade étnica brasileira”), se ligam os conceitos mais específicos
(“indígenas”, “brancos europeus”, “afrodescendentes” e “demais imigrantes”),
ocorreria o que Moreira (1999, p.160) denomina por diferenciação progressiva:
[...]
quando um novo conceito ou proposição é aprendido por subordinação, i.e, por um
processo de interação e ancoragem em um conceito subsunçor, este também se
modifica. A ocorrência desse processo uma ou mais vezes leva à diferenciação
progressiva do conceito subsunçor. Na verdade, este é um processo quase sempre
presente na aprendizagem significativa subordinada.
Referências
LUCCI,
Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro. Novo
viver e aprender história. 3.ed.
São Paulo: Saraiva, 2008. (p.34-65).
MOREIRA,
Marco Antonio. A teoria da aprendizagem significativa de Ausubel. In: ______. Teorias de Aprendizagem. São Paulo:
EPU, 1999. (p.151-165).
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